domingo, 30 de dezembro de 2018

DRAGÃO VENCE EM MODO MASOQUISTA





















FICHA DO JOGO






























O FC Porto encerrou o ano com a 16ª vitória consecutiva, batendo assim o recorde do clube, permitindo-lhe em simultâneo apurar-se para a final four da Taça da Liga.

Foi uma vitória em modo masoquista, com uma entrada frouxa, pouco intensa, a permitir  ao adversário a vantagem muito cedo no marcador (mais uma) e cerca de vinte minutos de futebol demasiado incaracterístico.

Sérgio Conceição procedeu apenas a duas alterações no onze titular, num sinal claro da importância deste jogo. Vaná e Bruno Costa foram as novidades.

























O Belenenses já afastado da qualificação, foi bem mais radical, aparecendo com 9 jogadores que não costumam ser titulares, mas a sua prestação, nessa primeira vintena de minutos foi bastante positiva, em termos de organização defensiva e troca de bola. Em termos ofensivos ficaram-se praticamente pelo lance do golo.

Depois de corrigida a atitude, os campeões nacionais passaram a dominar o encontro e até final da primeira parte o jogo ficou marcado pela falta de eficácia dos rematadores portistas.

Corona (duas vezes) e Marega desperdiçaram boas oportunidades para empatar e até para se adiantarem no marcador, muito por força das alterações promovidas por Sérgio Conceição, com as entradas de Hernâni e Soares, muito mais incisivos na procura do golo.

O segundo tempo foi um autêntico massacre com uma série de oportunidades falhadas que a serem aproveitadas colocariam o resultado em números pouco usuais num jogo de futebol. Mérito para o guarda-redes Mika, com uma mão cheia de defesas espectaculares e muito demérito dos rematadores do FC Porto, demasiado desastrados na conclusão de lances que mereciam melhor sorte.

Salvaram-se os remates de Marega (53') e Soares (63'), suficientes para darem alguma justiça à vitória portista e a respectiva qualificação para a fase seguinte da prova, tendo como adversário o Benfica.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 266













BARONI - Goleador Nº 266

Apontou 3 golos em 20 participações oficiais com a camisola do FC Porto, durante a temporada de 1994/95, única ao seu serviço.

Ronald Pablo Baroni, nasceu no dia 8 de Abril de 1968, em Lima, Peru.

Era um avançado poderoso fisicamente e com engodo pela baliza. Começou por jogar na Argentina defendendo a camisola do Quilmes (1985/86 a 1987/88), com passagem efémera
pelo Rosário Central. De 1989 a 1991 passou pelo Chile, jogando no Deportes Concepción, com passagens pelo O'Higgins. A etapa seguinte levou-o até ao Peru, para defender os emblemas do Universitário (1992 e 1993) e do Deportivo Municipal (1994).

Chegou ao FC Porto no Verão de 1994, sob a orientação técnica de Bobby Robson.

























A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 21 de Agosto de 1994, no Estádio das Antas, frente ao Braga, em jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista por 2-0. Baroni saiu do banco aos 61 minutos para render Domingos Paciência. De resto, só foi titular uma única vez, mais precisamente no dia 15 de Fevereiro de 1995, No Estádio das Antas, frente ao Louletano da II Divisão B, em jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, com mais uma vitória por 3-0. Coincidiu também com a estreia a marcar e logo em dose dupla (a abrir e a fechar o marcador, aos 10 e aos 50 minutos, respectivamente).

O seu terceiro e último golo de Dragão ao peito, não demorou muito mais tempo. Foi no dia 12 de Março de 1995, ainda no Estádio das Antas, frente ao Marítimo, em jogo da 24ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista, por 4-1. Baroni saiu do banco aos 81 minutos a render Yuran e seis minutos depois fecharia a contagem.

O Avançado peruano, sete vezes internacional pelo seu país, não teve vida fácil nas Antas. Forte concorrência (Domingos, Yuran e Kostadinov), pelo que não teve muitas oportunidades. Foi escalonado 26 vezes, 1 das quais como titular a tempo inteiro; 19 como suplente utilizado e 6 como suplente não utilizado.








A sua não inclusão no plantel da temporada seguinte (1995/96) não foi por isso uma surpresa. O FC Porto emprestou-o ao Felgueiras onde também não foi muito feliz (19 jogos/1 golo).

No final dessa temporada decidiu voltar ao Peru, jogando no seu conhecido Universitário, tendo passado ainda pelos turcos do Ankaragucu (1996/97) e pelo clube peruano do FBC Melgar (1998), antes de acabar a carreira nos colombianos do Deportivo Cali (1999).

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):

1 Campeonato nacional (1994/95)
1 Supertaça Cândido de Oliveira (1993/94)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt

domingo, 23 de dezembro de 2018

VITÓRIA CURTA GARANTE MANUTENÇÃO DE LIDERANÇA ISOLADA
















FICHA DO JOGO





























O FC Porto reforçou a liderança isolada ao bater o Rio Ave, beneficiando ainda da derrota do Sporting em Guimarães, em mais um jogo bastante disputando em que foi necessário proceder a mais uma (a 6ª) reviravolta no marcador.

Depois do jogo da Taça de Portugal, Sérgio Conceição voltou a apostar no onze titular mais ou menos habitual, com os regressos de Casillas, Jesús Corona (agora no seu lugar natural), Soares e Brahimi.
























Entrada forte dos campeões nacionais, bastante intenso e ofensivo, a colocar sérias dificuldades com dois lances muito perigosos, junto da baliza vareira, por Soares (2') e Danilo Pereira (41 segundos depois).

O jogo parecia prometer sentido único, mas um passe mal efectuado por Corona, perto da área do Rio Ave, apanhando a equipa muito descida no terreno, provocou um contra ataque rápido, muito bem conduzido e melhor concluído por Vinicius a bater inapelavelmente Casillas, inaugurando o marcador, aos 12 minutos.

Mais uma vez a equipa não esmoreceu e continuou a desenvolver o seu futebol intenso e demolidor repondo a igualdade no marcador 4 minutos depois. Jogada inventada por Brahimi, a deixar para trás quatro adversários, sempre a aproximar-se da área, tocando para a direita a solicitar a entrada de Corona. O mexicano recebeu e cruzou na direcção de Soares, que de cabeça assistiu para  Barahimi encostar para as redes (16').

Continuou o FC Porto a carregar no acelerador sempre na procura de novo golo que chegou dez minutos depois. Lance congeminado na direita com Maxi Pereira a lançar para a entrada de Marega. O maliano recolheu, foi mais forte na disputa da bola, caminhou para a baliza e à saída do guarda-redes, tocou subtilmente para o golo. Estava assim garantida mais uma reviravolta no marcador, para gáudio dos cerca de 47.000 espectadores.

Entrou-se depois numa toada mais calma e a partir dos 30 minutos o Rio Ave teve mais bola, equilibrando mais a partida, mas aos 45, numa bela jogada de entendimento, Corona poderia ter conseguido dilatar o marcador, não fora a bola teimar em beijar o poste da baliza de Léo Jardim.

No segundo tempo, a equipa do FC Porto procurou um jogo mais pragmático, menos intenso e mais controlador, perante uma réplica interessante do seu adversário, a tentar por em causa a vitória portista. A entrada de Óliver Torres (71'), para a saída de Corona, ajudou a estabilizar o meio-campo e a reduzir as tentativas forasteiras.

Pertenceram aos azuis e brancos os lances mais perigosos desse período, ficando a sensação que o dilatar do marcador esteve sempre mais perto de acontecer do que o empate. Corona (47'), Danilo Pereira (51 e 67'), Marega (74') e Óliver Torres (82'), foram protagonistas de lances muito promissores, contra apenas um do Rio Ave, protagonizado por Tarantini aos 59').

Vitória curta mas justa da melhor equipa sobre o terreno, alcançando a 15ª vitória consecutiva e igualando a marca de Artur Jorge de 1984/85.




quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 265













BALTAZAR - Goleador Nº 265

Concretizou 3 golos em 23 participações oficiais com a camisola do FC Porto, durante a temporada de 1990/91, única ao serviço do FC Porto.

Baltazar Maria de Moraes Júnior, nasceu no dia 17 de Julho de 1959 em Goiânia, Brasil.

Iniciou a sua actividade de futebolista no clube da sua terra natal, o Atlético Clube Goianiense em 1977, defendendo o seu emblema até ao ano de 1979, altura em que se transferiu para o Grémio, de Porto Alegre, onde conquistou os seus primeiros títulos, tendo sido o melhor marcador em dois anos seguidos.

A sua veia goleadora levou-o a representar o Palmeiras, o Flamengo e o Botafogo, antes de se mudar para a Europa.

Na temporada de 1985/86 veio então para Espanha, representar o Celta de Vigo, tornando-se famoso pelos seus 34 golos marcados, contribuindo decisivamente para o regresso da equipa galega ao escalão principal do futebol espanhol. A sua velocidade, facilidade de chegar a zonas de finalização e capacidade de concretização, quer com os pés como com a cabeça transformaram-no num pesadelo para as defesas adversárias.

Essa capacidade entusiasmou os responsáveis técnicos do Atlético de Madrid, clube que passou a representar a partir da época de 1988/89.

Aposta ganha já que o avançado brasileiro correspondeu de forma categórica ao que dele se esperava. Foi o melhor marcador da Liga espanhola, com 36 golos da sua lavra, marca que lhe garantiu também a bola de Bronze, prémio que distingue o terceiro melhor marcador da Europa.

Esse feito proporcionou-lhe fazer parte da selecção brasileira que conquistou a Copa América/1989, somando 7 internacionalizações e 3 golos marcados.

Na temporada seguinte foi menos influente, mas mesmo assim ainda conseguiu ser o terceiro melhor marcador da Liga com 19 golos marcados.

Em Outubro de 1990, já com a temporada iniciada, o Atlético contratou o alemão Bernd Shuster e como não podia ter mais que 3 estrangeiros no plantel, decidiu dispensar Baltazar.

Foi então que surgiu a hipótese FC Porto, apesar dos seus 31 anos de idade.

























A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 14 de Novembro de 1990, no Estádio Abel Alves de Figueiredo, em Santo Tirso, frente ao Tirsense, em jogo da jornada 12 do Campeonato nacional, com vitória portista por 2-1. Baltazar completou os 90 minutos do jogo, feito que só repetiria 4 vezes.

Das 23 participações, para além dessas 5 titularidades a tempo inteiro, foi titular substituído apenas 1 vez, suplente utilizado 17 vezes, com a particularidade de em duas delas ter entrado para depois ser substituído! Sim, aconteceu primeiro contra o Benfica, em jogo da jornada 15 do Campeonato, entrando aos 27 minutos a substituir Kiki, sendo depois substituído aos 84 minutos para a entrada de Fernando Couto. Depois aconteceu o mesmo, na jornada 30, em Chaves, entrando aos 4 minutos a substituir João Pinto e saindo aos 72 minutos para dar o lugar a Morgado. Foi suplente não utilizado por 8 vezes.

A sua estreia a marcar de Dragão ao peito aconteceu no dia 9 de Dezembro de 1990, no Estádio das Antas, frente ao Marítimo, em jogo da 16ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista por 3-1. Baltazar inaugurou o marcador aos 32 minutos.

O seu segundo golo foi em 31 de Janeiro de 1991, de novo no Estádio das Antas, agora frente ao O Elvas, em jogo dos 1/32 de final, da Taça de Portugal, com goleada portista por 5-0. Baltazar saiu do banco aos 38 minutos e marcou o terceiro golo do jogo aos 54 minutos.

Finalmente o seu  terceiro golo, aconteceu no dia 3 de Abril de 1991, no estádio Municipal Engº Manuel Branco Teixeira, em Chaves, frente à equipa local, com vitória portista por 2-1. Foi um dos jogos em que Baltazar saiu do banco aos 4 minutos a render João Pinto, numa altura em que o FC Porto perdia já por 1-0 e Artur Jorge não hesitou trocar um defesa por um avançado. Tal decisão foi premiada com o golo do empate, aos 29 minutos, concretizado precisamente por Baltazar. Recuperado o empate, o técnico portista voltou ao esquema habitual trocando o avançado, neste caso Baltazar, pelo defesa Morgado.








No final da temporada Baltazar não fez parte dos planos para a nova temporada (1991/92) e decidiu assinar pelos franceses do Rennes (31 jogos/6 golos).

Antes de terminar a carreira ainda jogou no Goiás (1993 e 1994) e finalmente nos japoneses do Kyoto Sanga (1995 e 1996).

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):

1 Taça de Portugal (1990/91)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

COMPLICAR O QUE ERA FÁCIL
















FICHA DO JOGO




























O FC Porto somou a sua 14ª vitória consecutiva ao bater na noite de ontem a aguerrida equipa do Moreirense que surpreendeu pela sua eficácia ofensiva.

A atravessar uma fase com um calendário de jogos muito exigente, Sérgio Conceição aproveitou mais uma vez para proceder a alterações no onze titular. Foram 5 as mexidas no onze (Casillas, Corona, Soares e Brahimi ficaram no banco e Óliver nem se equipou). Fabiano, Maxi, Otávio, André Pereira e Adrián López, foram os eleitos.

























Foi uma entrada de Dragão no jogo, com o FC Porto a imprimir um futebol ofensivo intenso, dando a ideia de querer resolver o jogo rapidamente para depois poder gerir o esforço, mas o bloco defensivo do adversário, sempre bem organizado, foi desfazendo com alguma facilidade todas as jogadas mais perigosas.

Em resultado do adiantamento de Maxi Pereira que perdeu a bola junto da área contrária, o Moreirense arquitectou um lance de contra-ataque muito bem conduzido, chegando à vantagem no marcador, perante a passividade da defensiva portista. Golo trabalhado com qualidade mas contra a corrente do jogo (8').

Os campeões nacionais sofreram novo revés aos 12 minutos, pela lesão de Otávio que teve de ser substituído por Hernâni.

No minuto seguinte Felipe igualou o marcador na sequência de um canto cobrado por Alex Telles, repondo alguma justiça ao resultado.

Prosseguiu o FC Porto na busca da reviravolta com assédio constante às redes do Moreirense, cada vez mais permeável na sua defensiva, pelo que foi sem qualquer surpresa que o marcador voltou a funcionar a favor da equipa da casa por intermédio de Hernâni no minuto 16.

A vencer, a equipa do FC Porto procurou uma toada mais pausada, com muita posse e troca de bola,  mas sempre com os olhos postos na baliza adversária.

André Pereira (24'), Marega (31', 33' e 36') Danilo (34'), Felipe (37') falharam oportunidades flagrantes de golo, impedindo o dilatar confortável e natural do marcador.

Depois de tanta ineficácia no remate, o FC Porto acabou por sofrer a igualdade, contra a corrente do jogo, já no tempo de compensação para o intervalo.

Face à fragilidade defensiva evidenciada pela turma do Moreirense, o seu treinador Ivo Vieira decidiu reforçar o sector com a entrada de mais um central, passando a jogar com um bloco de 5 unidades.

A tarefa ofensiva dos portistas passou a ser mais condicionada, mas mesmo assim as oportunidades de golo foram sendo desperdiçadas. Marega só à terceira (falhou aos 52' e aos 58') conseguiu acertar com êxito nas redes da baliza de Trigueira (66').

De novo em vantagem, o FC Porto baixou o ritmo acusando algum desgaste físico e emocional e disso se aproveitou a equipa do Moreirense para equilibrar a partida. Veio então ao de cima a qualidade de passe, a boa ligação entre os sectores e sobretudo a eficácia do remate deste adversário.

Alguns jogadores portistas dos menos utilizados acusaram alguma falta de confiança, com destaque para Fabiano, muito inseguro e a provocar situações pouco recomendáveis.

Seria Marega a dilatar o marcador aos 89 minutos, desmarcado por Brahimi, colocando uma diferença mais segura no resultado. Parecia tudo decidido mas a equipa do Moreirense não se conformou, marcando aos 90'+2', reduzindo para 4-3 e deixando em suspenso os minutos finais da partida, altura em que o FC Porto recorreu ao jogo passivo para deixar passar o tempo.

Vitória justa, escassa e com final sofrido, perante uma ineficácia no remate aterradora, que poderia ter consequências mais nefastas.

O FC Porto segue para os quartos-de-finais da Taça de Portugal



sábado, 15 de dezembro de 2018

SOMA E SEGUE DÁ 13º TRIUNFO CONSECUTIVO

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto somou a 13ª vitória consecutiva ao bater o Santa Clara, nos Açores, em jogo muito difícil pela réplica interessante do seu adversário.

Sérgio Conceição depois de algumas poupanças efectuadas na Terça-feira passada em Istambul, frente ao Galatasaray, voltou a apostar na equipa habitual dos últimos jogos.

























Entrada forte dos campeões nacionais na tentativa de garantir uma vantagem bem cedo. Logo aos 3 minutos dispôs de uma boa ocasião, desfeita pela intervenção atenta do guarda-redes Marco. Aos 10 minutos Marega correu para a área e com o defesa à ilharga rematou forte mas não conseguiu desfeitear Marco.

Este assédio manteve-se até aos 25 minutos, altura em que a equipa da casa criou a sua primeira oportunidade de golo, salva por Militão, no caminho certo da bola.

No minuto seguinte Soares ainda conseguiu introduzir a bola nas redes da equipa açoriana, na conclusão de uma bela jogada de ataque, mas o golo foi bem anulado por posição de fora de jogo.

A equipa do Santa Clara equilibrou a partida e chegou mesmo ao golo, aos 38 minutos numa jogada em que a defensiva portista se mostrou muito passiva, ainda que muito bem trabalhada pelos jogadores contrários.

A perder, os azuis e brancos não perderam a serenidade  e procuraram anular o prejuízo, chegando ao golo do empate ainda antes do intervalo. Canto do lado esquerdo do ataque portista, cobrado por Alex Telles, a bola foi afastada inicialmente por um defensor do Santa Clara para a meia lua da área, onde apareceu Óliver Torres a disparar para a baliza, sem qualquer preparação. Serginho, o guarda-redes suplente que tinha entrado para o lugar de Marco, por lesão deste, defendeu para a esquerda, Marega recolheu, rodou e cruzou para a entrada vitoriosa de cabeça de Soares.

O jogo chegaria ao intervalo sem mais incidências dignas de registo.

No segundo tempo o FC Porto voltou a entrar forte e a premiar essa disposição chegou ao golo da vitória, aos 56 minutos. Otávio que havia entrado depois do intervalo para o lugar de Óliver Torres, fez um passe longo a solicitar Soares. O avançado portista foi mais forte que o seu opositor na discussão da bola, aproximou-se da área, enquadrou-se com a baliza e disparou. Serginho voltou a defender em esforço fazendo a bola chegar a Marega que na passada disparou a contar. Estava feita a reviravolta no marcador.

Faltava ainda bastante tempo para terminar o jogo e a equipa da casa não se atemorizou frente a um adversário nitidamente superior. Mostrou-se desinibido e bastante perigoso, colocando imensas dificuldades à defensiva azul e branca. 

À passagem dos 60 minutos Casillas foi chamado a uma grande intervenção para evitar novo golo na sua baliza. Dois minutos depois o FC Porto respondeu com um belo remate de Brahimi, bem defendido por Serginho.

Entrou-se então numa toada de bola cá, bola lá. com as defensivas a sobreporem-se aos ataques.

Já na parte final o FC Porto foi mais pragmático, fazendo um jogo de mais contenção para deixar passar o tempo, com as entradas de Sérgio Oliveira e Maxi Pereira, para os lugares de Soares e Brahimi.

Vitória importante, muito valorizada por um adversário competitivo e competente.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 264













RAUDNEI - Goleador Nº 264

Apontou 3 golos em 8 participações oficiais com a camisola do FC Porto, durante a temporada de 1987/88 e 1 jogo da temporada seguinte (1988/89)

Raudnei Anversa Freire, nasceu no dia 18 de Julho de 1965, em Echaporá, município brasileiro do estado de São Paulo.

Iniciou a sua carreira nas escolas de formação do Clube da sua terra natal, o Atlético Juventus, despertando desde logo a cobiça dos melhores clubes da cidade.

O sonho de jogar na Europa foi maior e por isso assinou, no Verão de 1987, pelo FC Porto treinado por Tomislav Ivic.

























Rotulado de avançado com boa relação com o golo, Raudnei não resistiu à forte concorrência do plantel portista sendo utilizado apenas episodicamente.

A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 21 de Novembro de 1987, no estádio do Moura Atlético Clube, em Moura do Distrito de Beja, em jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal. O FC Porto derrotou por 2-0 esta equipa alentejana que na altura disputava o 3º escalão do futebol nacional. Raudnei foi o autor do 2º golo aos 45 minutos.

Foi o único jogo em que foi titular e logo a tempo inteiro. Esteve presente em mais doze convocatórias, sendo utilizado 1 vez como titular substituído, 6 vezes como suplente utilizado e 5 vezes com suplente não utilizado.

Voltaria a marcar por mais duas vezes, em jogos do Campeonato nacional. Na jornada 32, disputada no dia 1 de Maio de 1988, no estádio Engº Vidal Oinheiro, no Porto, frente ao Salgueiros, na goleada portista por 5-1, apontando o último golo portista, aos 85 minutos, 10 depois da sua entrada em campo para substituir Domingos.

O seu último golo de Dragão ao peito foi concretizado na jornada 37, no dia 2 de Junho de 1988, no estádio Municipal de Coimbra, frente à Académica, dando a vitória ao FC Porto no minuto 79. Raudnei saíra do banco 8 minutos antes, substituindo mais uma vez Domingos.

A foto que se segue é uma raridade e nem sei a que jogo e para que prova contou, mas foi a única a que tive acesso:






















Na temporada seguinte, sob a orientação técnica de Quinito, Raudnei ainda foi titular no jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, disputado no dia 24 de Agosto de 1988, no Estádio das Antas, frente ao Boavista, com empate sem golos. O avançado brasileiro foi titular, tendo sido substituído aos 52 minutos por Rui Águas. Porém, estava quase certa a sua saída do plantel.

Saiu mesmo para Espanha para representar o Deportivo da Corunha, onde alinhou durante duas temporadas (1988/89 e 1989/90).

Jogou ainda no Belenenses (1991/91) e no Gil Vicente (1991/92), regressando em 1992 ao Brasil para fazer um autêntico périplo por vários emblemas brasileiros: Guarani, Santo André, Bahia, Araçatuba, Juventus-SP, América-RN, Ituano, São Caetano, Paraná, Portuguesa Santista, Juventude e União São João, terminando a sua carreira com 34 anos.

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):

1 Campeonato nacional (1987/88)
1 Taça de Portugal (1987/88)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

MAIS UMA VITÓRIA EM JOGO MUITO EXIGENTE

















FICHA DO JOGO






























Que pedir mais deste plantel do FC Porto, superiormente orientado por Sérgio Conceição? Já com o 1º lugar do grupo garantido, esta equipa manteve a ambição indo ganhar com toda a justiça a um estádio muito complicado, frente a uma equipa que lutou sempre por melhor resultado, para mim o adversário mais difícil no conjunto dos dois jogos, alcançar a 12ª vitória consecutiva e amealhar mais uma cifra financeira importante, ficando apenas à distância de 1,8 milhões de euros da verba total e ainda igualar o recorde de pontos (16) na Champions.

Sérgio Conceição, ciente da qualidade do seu plantel, não hesitou em proceder a uma mini revolução no onze titular, alterando cinco unidades mais uma, ao xadrez habitual. Corona, Militão, Óliver Torres, Otávio e Brahimi, mais Soares (não inscrito). Para os seus lugares entraram nesta equação Maxi Pereira, Diogo Leite, Sérgio Oliveira, Hernâni e Adrián López.

























Apesar das mexidas, a equipa do FC Porto teve um comportamento normal, não se mostrando nada afectado, nem por isso nem pelo ambiente frenético das bancadas afectas à equipa da casa. Desenvolveu o seu futebol trabalhado, pensado e laborado com classe, partindo para uma exibição segura, personalizada e eficaz.

Teve sempre a noção real dos vários momentos do jogo, respondendo com autoridade ao que o mesmo pedia. Atacar de forma eficaz e demolidora e quando necessário defender com unhas e dentes.

Foi desta forma que o FC Porto saiu de Istambul com mais uma vitória saborosa e que enche o Universo portista de enorme orgulho.

Os golos foram uns dos vários pormenores importante, porque sem eles não se constroem vitórias. Por isso parece-me fundamental destacar os seus marcadores.

O primeiro nasceu da marcação de um livre cobrado por Alex Telles para a área a convidar Felipe à desmarcação e ao cabeceamento infalível, para bater Muslera:























O segundo, de grande penalidade a castigar uma rasteira sobre Hernâni, convertida de forma exemplar por Marega:























Finalmente o terceiro, numa jogada trabalhada na direita, com Marega a solicitar a entrada de Hernâni, dando sequência ao lance com um passe atrasado para Sérgio Oliveira atirar com peso, conta e medida para o fundo das malhas. Jogada corrida, muito bem trabalhada e melhor finalizada.