domingo, 28 de fevereiro de 2016

PESEIRO PEDIU, JOGADORES CUMPRIRAM...
















FICHA DO JOGO




























O técnico portista José Peseiro tinha passado a ideia que o importante era cumprir o essencial, ou seja, conquistar os três pontos. Pedido formulado, pedido cumprido de forma quase escrupulosa, por parte da grande maioria dos atletas hoje utilizados. Jogar bem e mostrar mais alguma capacidade e evolução, isso ficou quiçá para outras eventuais oportunidades.

Obrigado mais uma vez a mexer na linha defensiva, desta vez por impossibilidade de utilizar o castigado Miguel Layún e o lesionado Martins Indi, Peseiro lançou o jovem Chidozie e José Angel, nos seus lugares. André André retomou a sua posição na linha média e na dianteira Corona, Suk e Brahimi, foram desta vez os eleitos.






















A equipa começou o jogo relativamente bem e na primeira oportunidade criada abriu o activo, aos nove minutos. Jogada conduzida pela esquerda por José Angel, bola colocada no vértice esquerdo da pequena área, Suk a amortecer para a entrada de Brahimi, solto de marcação, a disparar certeiro sem hipóteses para Ventura.






















Se um golo cedo pode funcionar como estimulo perfeito para uma performance, que dizer de um segundo golo, aos 18 minutos, ainda que obtido de forma pouco ortodoxa. Maxi Pereira foi à linha de cabeceira cruzar atrasado e o defesa lisboeta Tonel, precipitadamente cabeceou na direcção da sua baliza, batendo o seu próprio guarda-redes.

Contudo, os dois golos de vantagem funcionaram um pouco ao contrário do que era suposto. Os jogadores portistas pareceram satisfeitos com o resultado e passaram a actuar de forma algo displicente,  sem pressa, sem ambição, sem raça, sem consistência, sem imaginação e sem inteligência. Uma grande parte dos atletas despiu os adereços de craque, envergando os de matrecos, roçando algumas vezes o anedótico, muito mais ao alcance não de amadores, mas de gente para quem uma bola, um relvado, uma botas de futebol não passam de objectos estranhos, coisas nunca vistas, sem noção do que fazer com eles.

Sim, foi mais uma exibição estranha, cinzenta, que não abona nada em favor de quem aufere vencimentos principescos. 

Confesso que se não fosse por uma questão clubista, não teria pachorra para assistir a espectáculo tão degradante. Estes jogadores têm a obrigação de fazer muito melhor e nós adeptos temos o direito de o exigir.

Se na primeira parte a exibição portista ainda teve alguns momentos interessantes, a segunda foi de bradar aos céus. O Belenenses começou a acreditar, reduziu a vantagem nortenha e ameaçou por várias vezes a baliza dos Dragões, onde Casillas voltou a ser determinante.

Do mal o menos, salvou-se o resultado final, o essencial para manter a ilusão (quando é que já ouvi isto?), num jogo em que os últimos minutos foram de algum sofrimento, contra uma equipa bastante modesta.

Será possível a Peseiro pôr a equipa a voltar jogar um futebol à Porto, que nos orgulhe e que nos alimente a ambição de sermos capazes de lutar até à exaustão pelo principal objectivo? 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

LUTAR PELO ESSENCIAL









O FC Porto volta amanhã de novo à ribalta, sem tempo para lamber as feridas da última derrota imposta pelo trio de arbitragem britânico, chefiada por um «artista» do apito, de seu nome Mark Clattenburg, com mais uma difícil deslocação ao Restelo, onde vai encontrar um Belenenses muito mais competitivo do que foi contra a equipa do regime, obviamente.

Vai também ter outro complicado obstáculo, um tal de Capela que costuma fazer milagres ajudando a inclinar o relvado para favorecer o adversário.

Apesar do momento periclitante da equipa portista, que ainda não conseguiu consolidar os processos do novo treinador e dos engulhos apontados acima, o favoritismo pende mesmo assim para o seu lado.

Não interessa se a exibição não for a mais agradável à vista, interessa isso sim conquistar os três pontos de forma legal, essenciais para continuar a acalentar a ténue esperança de discutir o título nacional.

A chamada de Alberto Bueno, afastado das convocatórias desde 20 de Dezembro de 2015, na maioria deste hiato por lesão, o regresso de Chidozie e o afastamento de Miguel Layún, a cumprir castigo, são as novidades na lista de 19 opções de José Peseiro para este jogo.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2015/16 - 24ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO RESTELO - LISBOA
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015, ÀS 19:15 H
ÁRBITRO NOMEADO: JOÃO CAPELA - A.F. LISBOA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 139












EMERSON - Goleador Nº 139

Apontou 11 golos em 89 participações com a camisola do FC Porto, durante as duas temporadas ao seu serviço (1994/95 e 1995/96).

Emerson Moisés Costa, nasceu no dia 12 de Abril de 1972, no Rio de Janeiro, Brasil. Começou a sua actividade nas escolas de formação do Flamengo tendo transitado para o Coritiba na temporada de 1990/91.

Chegou a Portugal para representar o Belenenses no Verão de 1992, onde jogou em bom nível durante duas temporadas. As suas qualidades despertaram as atenções dos responsáveis do FC Porto que o contrataram para as duas temporadas seguintes (1994/95 e 1995/96).

Emerson era um artista da bola, muito ao estilo do futebol brasileiro mas com uma respeitável compleição física que fazia dele um autêntico «furacão» que lhe conferia a capacidade de cumprir os noventa minutos de jogo com uma pujança bastante rara. Jogador duro, de enorme resistência e persistente de movimentos, terminava os desafios dando a sensação de frescura, capaz de jogar mais 90 minutos ao mesmo nível. Poses elegantes, viris, incandescentes e musicais, este médio brasileiro enchia o campo com a arte que fazia lembrar o popular «samba».






















A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 17 de Agosto de 1994, em Coimbra, frente ao Benfica, em jogo da finalíssima da Supertaça Cândido de Oliveira, edição de 1992/93 que tinha ficado em suspenso por falta de calendário. Este jogo foi decidido na marcação de grandes penalidades, com vitória portista por 6-5, constituindo então o sétimo troféu conquistado nesta prova pelos Dragões.

Emerson chegou, viu e venceu, pegando de estaca na equipa principal onde se tornou um jogador influente e fundamental na manobra elaborada pelo técnico britânico Boby Robson.

Em baixo, a foto da consagração de mais um título nacional, na 34ª jornada e última do Campeonato nacional 1994/95, realizado no Estádio das Antas, em 28 de Maio de 1975, com vitória sobre o Tirsense, por 4-0, deixando os rivais Sporting a 7 pontos e o Benfica a 13.





























As boas actuações do médio portista não passaram desapercebidas por essa Europa fora e em consequência o atleta foi cedido ao clube inglês Middlesbrough, que deixou nos cofres portistas uma verba bastante aliciante.

Até pendurar as chuteiras Emerson passou ainda por mais 9 emblemas: Tenerife (1997/98 a 1999/2000); Deportivo La Coruña (2000/01 a 2001/02); Atlético de Madrid (2002/03); Rangers (2203/04); Vasco da Gama (2003/04 a 2004/05); Xanthi (2005/06); AEK (2005/06 a 2006/07); Apoel (2007/08) e Madureira (2008/09).

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):
2 Campeonatos Nacionais (1994/95 e 1995/96)
2 Supertaça Cândido de Oliveira (1992/93 e 1993/94)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Revista Dragões Nº 115 de Outubro de 1994; ZeroaZero.pt

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

DRAGÃO SEM ARGUMENTOS NÃO EVITA ELIMINAÇÃO ANUNCIADA















FICHA DO JOGO


























Tinham de acontecer duas situações verdadeiramente excepcionais para que a tendência da eliminatória fosse revertida a favor do FC Porto. A primeira seria uma exibição de sonho que realisticamente não está ao alcance desta equipa nem deste plantel. A segunda seria a conjugação com uma noite desastrada da equipa adversária, quase impossível de acontecer. Nenhuma das duas obviamente aconteceu e por isso o natural afastamento da prova, sem surpresa.

José Peseiro bem tentou passar uma mensagem de confiança na remontada, no seu dizer, alicerçada na crença transmitida pelos seu jogadores, suponho que para chamar gente ao Estádio muito mais do que na sua própria convicção. Ele melhor que ninguém conhece as fragilidades do plantel que herdou, os problemas que atravessa (físicos e anímicos) e estava bem consciente que a desvantagem trazida da Alemanha era praticamente inultrapassável.

Penso mesmo que tal desconfiança ficou traduzida no escalonamento do onze principal, onde foi obrigado uma vez mais a mexer na defesa, optando por colocar Miguel Layún como central, ao lado de Marcano, recorrendo ao elemento mais fraco do plantel, José Angel, para cobrir o lado esquerdo, permitindo deste modo manter Danilo Pereira no seu posto habitual, na companhia de Rúben Neves e Evandro, deixando no banco os habituais André André e Herrera. Também na linha dianteira fez alterações. Marega retomou a ala direita, Aboubakar no eixo e Varela na ala esquerda, relegando para o banco Corona, Suk e Brahimi que tinham jogado frente ao Moreirense.

Demasiadas mexidas para um jogo que se pretendia intenso, competente e eficaz.

























O jogo teve talvez por isso pouca história. O FC Porto não foi capaz de produzir um futebol consistente, capaz de desmontar a estratégia adversária que se apresentou no Dragão com as cautelas devidas e a produzir um futebol calmo, de posse e contenção de bola, controlador, até com um certo ar de treino e com uma equipa constituída por alguns suplentes, numa demonstração clara de gestão de meios e esforço, nitidamente à espera de aproveitar alguma das falhas primárias que os azuis e brancos costumam oferecer.

O jogo tornou-se desta forma pouco ou nada interessante, tanto mais que os Dragões, tolhidos pelo receio de falhar eventuais ousadias, se remeteram a um futebol lento, previsível e fácil de anular.

Ainda por cima sofreram aos 23 minutos o golo que ditou a derrota neste jogo, num lance ferido de ilegalidade que o trio de arbitragem aceitou.

Pouco mais há a dizer sobre o encontro, a não ser que Danilo Pereira foi talvez o único elemento portista que merecia melhor sorte. Jogou que se fartou, encheu o campo fazendo uma exibição memorável. Pena que mais ninguém o tenha seguido. 






















É justo acrescentar que a equipa portista, apesar de tudo não merecia a derrota. Teve alguns (poucos) bons momentos em que poderia ter marcado, no final da primeira parte (Evandro e Varela estiveram muito perto do golo) e pouco depois da entrada de Suk, com Brahimi que rendera Varela aos 65 minutos a desperdiçar mais uma bela ocasião, atirando à barra.

Um adeus lógico às competições europeias desta época sem brilho que põe de algum modo em causa o prestígio do Clube que tanto esforço custou a conquistar.

Outro dado a registar é que os azuis e brancos estiveram 15 jogos sem conhecer o sabor amargo da derrota, desde o início da temporada e a partir de então, nos 24 jogos seguintes registaram nada mais, nada menos que 10 derrotas. É caso para reflectir!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

ADEUS À EUROPA, MAS COM DIGNIDADE










Quase sem tempo para afinar a máquina, o FC Porto vai receber o Borussia de Dortmund com uma desvantagem de dois golos para recuperar. Tarefa complicada, não só porque são necessários três golos, perfeitamente possíveis se a eficácia portista se apresentar nos seus níveis mais elevados, mas também porque é importantíssimo não sofrer qualquer golo e aqui é que a porca torce o rabo.

A equipa alemã possui um ataque demolidor e a equipa azul e branca ainda não conseguiu estabilizar o seu quarteto defensivo, fustigado como se sabe, ora por lesões, ora por castigos, ora por dispensas, ora... é melhor ficar por aqui.

Como não acredito muito em milagres no futebol (às vezes acontecem, nem que seja aos 92 minutos), estou convencido que os Dragões terão de se contentar em fazer uma despedida o mais digna possível, desta Europa futebolística de segunda, mas ainda com algumas equipas de primeira, como é o caso.

Ganhar e jogar bem seria um bom sinal para o que falta desta atribulada época portista.

Ainda não será desta que José Peseiro terá o plantel todo à sua disposição. Mais uma vez vai ser obrigado a proceder a alterações e adaptações na linha defensiva, por impedimento de dois dos centrais que jogo sim, jogo não, têm dado o seu contributo. Falo de Chidozie, que não está inscrito para esta prova e de Martins Indi, ainda lesionado. Em contra partida já vai poder utilizar Maxi e Danilo, ambos ausentes por castigo do jogo da 1ª mão. Rúben Neves está também de regresso, após ausência do jogo contra o Moreirense.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: UEFA EUROPA LEAGUE 2015/16 - 1/16 AVOS DE FINAL - 2ª mÃO
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO: QUINTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2016, ÀS 20:05 H
ÁRBITRO NOMEADO: MARK CLATTENBURG - INGLATERRA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SIC

domingo, 21 de fevereiro de 2016

DESPERTAR A TEMPO, DE PESADELO IMPREVISTO
















FICHA DO JOGO



























Num jogo em que era imperioso vencer, José Peseiro teve de voltar a mexer no onze titular, em função dos condicionalismos conhecidos que se vão impondo, mas também de novas apostas do técnico.

Em relação a Dortmund, foram sete as alterações operadas. Maxi  e Danilo, regressaram aos seus postos, bem como o jovem Chidozie, desta vez para o lugar do lesionado Martins Indi, tendo agora a seu lado o também regressado Marcano. André André e Corona foram outros regressos à titularidade e por último Suk foi opção no lugar de Aboubakar.
























Ao contrário do que seria desejável, o FC Porto começou muito mal o jogo, permitindo ao adversário criar lances de muito perigo junto da baliza de Casillas, numa demonstração cabal de enorme permeabilidade defensiva, fruto naturalmente das constantes alterações a que o técnico portista tem sido obrigado, que provocam sempre alguma dessincronização de movimentos.

A facilidade com que os jogadores adversários apareceram soltos em zonas de finalização foram fatais e ao fim de 28 minutos os Dragões perdiam já por 0-2.

Pesadelo inesperado de que os portistas demoraram a despertar. A equipa ficou atarantada, nervosa, ansiosa, demasiadamente inconsistente, incapaz de procurar as melhores soluções para assentar o seu jogo e chegar com eficácia à baliza adversária.

A impaciência dos adeptos portistas foi crescendo em função da improdutividade de Corona e Brahimi, algo secundados pelo intermitente Herrera e também pelo menor rendimento de André André, longe do fulgor inicial a que nos habituou.

A par disto tudo, também a falta de frieza no momento do remate aliada à fortuna do guardião Stefanovic que parecia ter íman (a bola bateu-lhe no peito, no braço, na mão, sem ele perceber muito bem como) e até o ferro da sua baliza foram sendo determinantes para que os azuis e brancos demorassem a dar a resposta adequada, até que, numa das raras boas combinações de Corona com Maxi, o uruguaio conduziu a bola até à pequena área adversária, André Micael saiu-lhe ao caminho, derrubando-o claramente, provocando grande penalidade, prontamente assinalado pelo árbitro da partida.

Miguel Layún chamado a cobrar não perdoou, renovando as esperanças de remontada no seio dos adeptos portistas.





















Ainda antes do intervalo Suk obrigou o guardião contrário a mais uma defesa vistosa, a remate perigoso de cabeça.

O golo deveria ter funcionado como estímulo para que o FC Porto regressasse das cabines de cabeça limpa e decidido a dar a volta ao marcador, actuando de forma mais criteriosa e consistente. Foi porém o adversário a aparecer mais atrevido e ameaçador, apesar da substituição de Corona por Evandro, obrigando Casillas a mostrar a sua inegável classe, em dois remates de grande perigo, nos primeiros dois minutos da segunda parte.

Sacudida a pressão inicial, os Dragões foram tomando conta do jogo, dominando o adversário, acertando as marcações em termos defensivos, reduzindo significativamente o atrevimento forasteiro. Procurou com mais alguma vivacidade o golo do empate, embora nem sempre com a serenidade e competência exigíveis,

Depois de algumas perdidas, o golo do empate acabaria por surgir aos 73 minutos, na sequência de um pontapé de canto, do lado esquerdo, apontado por Layún, a que Suk de cabeça deu o melhor seguimento.





















O Dragão começava então a respirar mais aliviado e a acreditar na reviravolta do marcador. Quatro minutos depois, surgiu o golo da vitória como corolário natural de uma crença assente nas alterações operadas por Peseiro que apostou tudo, tirando o central Chidozie para a entrada de Marega.

Jogada conduzida na esquerda por Layún, derivando para o interior, seguido de cruzamento ao poste mais distante onde apareceu o seu compatriota Herrera, no limite da linha de cabeceira, a cruzar em raquete para o interior da pequena área, onde apareceu Evandro a cabecear à vontade e de forma certeira. Estava finalmente concretizada mais uma remontada no marcador. Golo efusivamente festejado a pôr fim ao pesadelo inicial.





















Até final os azuis e brancos controlaram a partida, Varela entrou para o lugar de Brahimi e a vitória, apesar de muito suada não fugiu.

É bom que este jogo sirva para reflexão, face à evidência das debilidades defensivas patenteadas, resultantes das constantes alterações forçadas e que contra adversários de maior potencial serão certamente irrecuperáveis. O Dortmund, em circunstâncias análogas vai chamar-lhes um figo.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

OBRIGATÓRIO VENCER









Sem tempo para lamber as feridas causadas pela recente derrota na Liga Europa, o FC Porto vai receber no seu Estádio o Moreirense para mais uma jornada da Liga NOS.

A vitória é o único resultado que interessa e por isso não vamos inventar desculpas, sejam quais forem as dificuldades e condicionalismos. Os Dragões são obviamente favoritos, mas têm que o demonstrar dentro das quatro linhas, onde os jogos se decidem.

Martins Indi é a baixa mais recente e por isso não poderá dar o seu contributo, numa altura em que o número de centrais é deficitário (Maicon rumou ao Brasil para defender as cores do São Paulo, numa solução de recurso para a incompreensível atitude frente ao Arouca). Em contra partida estão de regresso ao lote dos convocados, Maxi Pereira, Chidozie e Danilo Pereira, que estiveram ausentes do jogo de Dortmund, pelas razões conhecidas. João Costa, Verdasca e Francisco Ramos, que foram chamados para esse jogo, também não fazem parte das opções de José Peseiro.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2015/16 - 23ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2015, ÀS 18:15 H
ÁRBITRO NOMEADO: LUÍS FERREIRA - A.F. BRAGA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

DERROTA SEM SURPRESA FACE AOS CONDICIONALISMOS
















FICHA DO JOGO


























Esta derrota em Dortmund não surpreende de todo, tendo em conta a real superioridade da equipa adversária, favorecida pelas limitações conhecidas do plantel azul e branco, que confrontado com duas ausências importantes não conseguiu dar a resposta adequada.

José Peseiro foi mais longe, na reformulação do onze principal, do que era suposto. Silvestre Varela foi o eleito para jogar como defesa direito, Layún como central,  na linha média surgiu Sérgio Oliveira e na dianteira, Marega em vez de Corona.


























A estratégia passava por não sofrer golos e tentar explorar o contra-ataque, utilizando um bloco bastante recuado, com todos a defender, numa espécie de autocarro contra natura, que o FC Porto nunca foi capaz de interpretar com eficácia.

A falta de rotinas desta estratégia acabaria por ter consequências bem cedo, num lance de bola parada, mais concretamente na sequência de um canto curto que deixou o defesa direito da equipa bávara, completamente à vontade na cara de Casillas que ainda defendeu o remate, mas não foi capaz de evitar a recarga do mesmo atleta, perante a passividade dos jogadores portistas.

Peseiro não abandonou a estratégia convencido que a diferença mínima poderia ser o resultado final. A verdade é que os alemães, a vencer, pareciam não ter pressa e enveredaram por um ritmo menos intenso do que é habitual para aquelas bandas e foram gerindo o seu jogo, sem sobressaltos, já que o FC Porto se limitava a defender e mostrava uma incapacidade gritante para segurar a bola em seu poder, quanto mais aventurar-se em acções ofensivas.

Foi realmente um jogo estranho, completamente ao arrepio da mentalidade portista, que mesmo contra adversários bem mais poderosos nunca se remeteu a uma defensiva tão descarada como hoje.

Enfim, estratégias para evitar goleadas como a da época passada em Munique. Estratégia que até poderia ter resultado não fora as abébias do costume. Foi assim que surgiram os golos dos alemães que apesar de toda a fama, apenas conseguiram criar mais duas boas ocasiões reais de golo, sendo que numa delas a bola foi beijar o ferro com estrondo.

Dizem os responsáveis que a eliminatória está mais difícil mas continua em aberto! Será? Realisticamente falando, não estou a vislumbrar uma vitória dos Dragões por diferença de três golos. Para isso seria necessária uma exibição de sonho, que sinceramente não me parece ao alcance desta equipa a que teria de se somar uma noite de grande infortúnio do Borussia.

Não se trata de atirar a toalha ao chão, é apenas cair na real. Até porque estou convencido que a equipa alemã será mais perigosa no Dragão do que foi em Dortmund. A ver vamos.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

RESISTIR AO GELO ALEMÃO, COM CHAMA DE DRAGÃO










O FC Porto encontra-se já na Alemanha, onde amanhã vai ter um duro teste às suas actuais capacidades, num jogo que eu diria de hiper dificuldade. O adversário é uma das potências do futebol alemão, vencedor de uma Liga dos Campeões, uma Taça Intercontinental e uma Supertaça Europeia. Nada mais, nada menos que o Borussia Dortmund.

Os Dragões não vão poder fazer alinhar o seu melhor onze, pelos impedimentos disciplinares de Maxi Pereira e Danilo, pelo que José Peseiro vai voltar a ter de mexer e procurar as melhores soluções possíveis. A linha defensiva vai ser sujeita a uma revolução (Layún deverá passar da esquerda para o lado oposto, Martins Indi, mais para a direita, dando o seu lugar a Marcano e a lateral esquerda deverá ser confiada a José Angel) e a linha média será também afectada (Rúben Neves deverá ser o vértice mais recuado do losango), numa altura em que a estabilidade seria fundamental.

O técnico portista levou para a Alemanha um lote composto por 20 atletas, com destaque para a recuperação de Ivan Marcano e a inclusão de 3 elementos da equipa B (João Costa, Verdasca e Francisco Ramos).

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: UEFA EUROPA LEAGUE 2015/16 - 1/16 AVOS-DE-FINAL - 1ª MÃO
PALCO DO JOGO: SIGNAL IDUNA PARK - DORTMUND - ALEMANHA
DATA E HORA DO JOGO: QUINTA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2016, ÀS 18:00 H
ÁRBITRO NOMEADO: LUCA BANTI - ITÁLIA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 138












RUI FILIPE - Goleador Nº 138

Apontou onze golos em 98 participações com a camisola principal do FC Porto, durante as três temporadas e mais um mês da seguinte (1991/92 a 1994/95), altura em que um trágico acidente de viação lhe pôs termo à vida.

Rui Filipe Tavares Bastos, nasceu no dia 8 de Março de 1968, em Vale de Cambra e faleceu em 28 de Agosto de 1994, com apenas 26 anos.

Formado no clube da sua terra natal, o Valecambrense, surgiu pela primeira vez na Antas na temporada de 1984/85, com uma série de indicações acerca de um potencial futebolístico que viriam a ser plenamente confirmadas. Foi integrado na equipa de júniores, tendo-se sagrado campeão nacional, sob a orientação técnica de Rodolfo Reis.

Passou a sénior na época de 1986/87, altura em que assinou contrato por duas épocas. Como já era hábito no Clube, os jovens valores raramente se fixavam de imediato no plantel principal,  passando antes por outros emblemas para adquirirem a indispensável rodagem e aperfeiçoamento, para permitir mais tarde uma reintegração plena. Rui Filipe não foi excepção tendo passado pelo Gil Vicente e Sporting de Espinho. Regressou às Antas, com 23 anos, com a firme vontade de, em definitivo, conquistar o lugar que sabia seu por direito.






















Realizou uma primeira época verdadeiramente espectacular, marcando por cinco vezes.

A sua estreia oficial com a camisola da equipa principal do FC Porto, aconteceu no dia 25 de Agosto de 1991, no Campo António Coimbra da Mota, na Amoreira, frente ao Estoril, em jogo da 2ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista, por 2-0.

O seu primeiro golo foi obtido no dia 29 de Setembro de 1991, no Estádio Municipal de Chaves, frente ao Desportivo de Chaves, em jogo da 6ª jornada do Campeonato nacional, com vitória azul e branca, por 1-0.

O seu último golo aconteceu no estádio da luz, em 24 de Agosto de 1994, em jogo da 1ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira. Golo soberbo, de antologia, ao ponto de provocar a situação mais detestada por um guarda-redes, seja ele quem for: ficar sentado a ver a bola passar. Rui Filipe pegou na bola, driblou um e outro adversários, sentou o guarda-redes e provocou a explosão do golo. Esse jogo terminou empatado (1-1), mas o médio portista não terminou o encontro. O árbitro da partida Carlos Calheiro, de Viana do Castelo, mostrou-lhe o cartão vermelho aos 81 minutos, expulsão que lhe marcou decisivamente o destino. Na sequência do castigo Federativo, o atleta ficou impedido de ser utilizado no jogo seguinte, não seguiu por isso para estágio com os seus companheiros e na madrugada do dia desse jogo, contra o Beira-Mar, sofreu o trágico acidente, pondo um fim prematuro a uma carreira que se previa auspiciosa.

A imagem abaixo é a da equipa principal que alinhou no Estádio da Luz, para o jogo da 1ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira.
































Rui Filipe foi por seis vezes internacional A, percurso que poderá recordar aqui.

Palmarés ao serviço do FC Porto (7 títulos):
3 Campeonatos nacionais (1991/92, 1992/93 e 1994/95)
1 Taça de Portugal (1993/94)
3 Supertaças Cândido de Oliveira (1990/91, 1992/93 e 1993/94)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Revista Dragões nº 114, de Setembro de 1994.